
É importante que as pessoas deixem de ser «Marias»...; é importante que as pessoas se libertem da ingenuidade de acreditar e repetir o que os outros dizem e fazem. As pessoas não são papagaios – e não devem fazer tal figura. Como cidadãos, como munícipes, é vital participar politicamente, mas não por imitação. Por exemplo, apercebo-me que há pessoas que se transformam em «Marias...» quando votam: isto é, votam mais por tradição do que por convicção. Votam mais por imitação do que por reflexão.
Há que preparar uma revolução de mentalidades; é necessário aprender a fazer perguntas, a avaliar respostas, a pôr em causa actos, a julgar factos e a chegar a conclusões próprias e bem informadas; sem medo!
Num processo jurídico, interessam as provas; numa investigação científica interessam as evidências; na vida empresarial interessam os lucros; na actividade política interessam os resultados. E é este o filtro que deve ser usado cada vez que um cidadão faz escolhas políticas. Um cidadão, quando vota, deve escolher em função dos resultados e não em função do hábito.
Resultados.
Aqui, em Salvaterra, falo com muita gente descontente, desanimada, descoroçoada, que já não tem esperança na mudança. E, sem darem por isso, tornam-se «Maria vai com as outras». Quando votam, fazem-no como se fosse um acto telecomandado, sem espírito crítico nem confiança de que é possível forjar a mudança. Mas cada cidadão tem a responsabilidade individual de tomar uma decisão política, mas que seja com base na observação dos factos, dos resultados e não no hábito de apoiar e votar mais por tradição do que por convicção.
Em trinta e cinco anos de democracia, a esquerda política – PS, CDU e BE – fizeram deste um dos concelhos mais pobres, subdesenvolvidos, menos produtivos e endividados desta região. Está contente com os resultados conseguidos pela esquerda política aqui em Salvaterra, em áreas como o emprego, a educação, o urbanismo, as acessibilidades, assistência médica, a justiça social…?
(Continua)
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