sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Quando estes senhores perderem as eleições em Salvaterra...aí é que vai ser lindo!

«Falta de democracia». É assim que alguns «bloquistas» interpretam o facto de o BE não se ter conseguido fazer eleger para tomar conta da Mesa da Assembleia. A culpa foi da falta de democracia.
Para estes senhores, a culpa é da oposição que se entendeu entre si para democraticamente, às claras e numa votação perfeitamente transparente, conseguir ficar com a Mesa. Com a coligação PS/PSD e com a abstenção da CDU, ficaram garantidos os votos suficientes para derrotar as intenções do Bloco de controlar a Mesa. E foi o povo que entendeu, de novo, não dar a maioria absoluta ao BE e deixar a decisão da constituição da Mesa nas mãos dos deputados eleitos.

Depois veio a picardia: o BE a dizer que o PSD é incoerente porque condenou a coligação do seu militante com o candidato do BE à freguesia de Salvaterra mas foi, por outro lado, fazer uma coligação com o PS para a Mesa da Assembleia. «Dois pesos e duas medidas», clamam, reclamam e vociferam os queixosos!

Ora bem:
1. Basta não ser analfabeto político para perceber que uma coligação PS/PSD é uma coligação entre dois partidos muito mais próximos ideologicamente do que uma coligação entre o PSD e o BE. Esta seria uma coligação ideologicamente impossível: o PSD/Salvaterra não se coliga com Trostkistas-Leninistas, que de democracia nada têm a ensinar e muito têm a aprender.

2. Falta de democracia? Será bom lembrar que a constituição da Mesa, tal como está, resulta exactamente de um exercício de democracia – resulta de uma coligação transparente e de uma eleição democrática, perante todos, publicamente.

3. Falta de democracia? O BE que olhe para a forma como fez a coligação em Salvaterra: à revelia, às escondidas, nas costas do PSD, aliciando secretamente, sem pudor nem ética, um militante que, por alguma razão, cedeu à sedução. Está bom de ver que no que diz respeito aos comportamentos políticos do PSD e do BE, a falta de respeito democrático, a falta de verdade, a falta de transparência – numa expressão: a «falta de democracia» não está deste lado.

2 comentários:

Paulo Cadeiras disse...

Sabem aquela que nos ensinam na escola, aquela do tempo.

"O tempo perguntou ao tempo
quanto tempo o tempo tem
e o tempo respondeu ao tempo
que o tempo tem tanto tempo
quanto o tempo tem"

Se contarmos as palavras "Tempo" veremos que são 9. Agora façamos uma troca. No lugar do tempo vamos inserir "Bloco" e ver o que dá.
Humm...Já viram?
Dá muitos blocos não é. Dá tanto bloco que dá para construir um muro à volta do concelho onde nos prendem com tanta ignorância e onde tanto empresário não consegue entrar e fazer o concelho andar para a frente. Mas há pessoal que diz que anda...o problema é que os empresários até andam, só que não param aqui.

Anónimo disse...

Isto também é curioso:

http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1381525&seccao=Sul

Abraço,
Fred