terça-feira, 15 de setembro de 2009

INCOERÊNCIAS

A «política de verdade», como Manuela Ferreira Leite chama à política que faz enquanto líder do PSD, tem destas coisas. Ferreira Leite, tem andado a denunciar o que ela chama de «asfixia democrática» em Portugal. Aliás, o conceito não é novo: tomou-o emprestado, ao que parece, de Paulo Rangel. Todos nos lembramos do furor que Rangel fez há dois anos quando, numa cerimónia de Estado, no Parlamento, falou em «claustrofobia democrática». A partir daí, Rangel saltou para o «estrelato» mediático.
Ferreira Leite, que cavalga uma onda de vitória eleitoral outra vez criada por Rangel, nas europeias, vem agora dizer que, por cá, se vive em asfixia democrática.
Todavia, foi à Madeira e fartou-se de elogiar o estilo governativo de...de... exactamente: Alberto João Jardim. Ora, todos sabemos que Jardim não é visto, exactamente, como o paladino do arejamento democrático. Ao que se diz, a brisa da Madeira não gera um vento de liberdades.
Acerca de Ferreira Leite fica uma leitura: quando nos dizemos arautos da verdade, as nossas incoerências tornam-se mais gritantes.

2 comentários:

Paulo Cadeiras disse...

Chama-se a isto tiros nos pés.
Esta senhora falta-lhe a garra que todos nós gostamos de ouvir, mesmo que não dêem fruto nenhum depois, mas gostamos desse circo montado.
Quanto ao Alberto João Jardim é o exemplo da pessoa que estava a dar, um senhor que vive em maiorias e que tem a garra, mas neste caso a garra sempre afiada à oposição. Como sou do PSD simpatizo com ele pois sou imune por ser militante ao ar da Madeira. Voltando ao que Manuela Ferreira Leite disse, para dizer, tem primeiro de se lembrar do que disse e ver se pode dizer o que quer dizer a seguir. Acho que um gravador de bolso não lhe ficava mal e à noite rever o que diz para no dia seguinte não se contradizer.

Anónimo disse...

A NÃO ESQUECER QUE ESSA SENHORA É DEFENSORA DA CÉLEBRE TEORIA «DA GALINHA DOS OVOS E DOS CESTOS...»AG