quarta-feira, 19 de agosto de 2009

PESSOAS...

ESTE FOI O COMENTÁRIO POLÍTICO DE ONTEM NO PROGRAMA «QUEM FALA ASSIM...»

Percorrendo assim de relance os chavões utilizados pelas campanhas eleitorais dos Partidos que estão no terreno, aqui em Salvaterra de Magos, fica-nos no ouvido e entranha-se no subconsciente a expressão «Pessoas».

Está aí por todo o lado: nuns cartazes lemos «Apoiar as pessoas»; noutros lemos «Fazer bem às pessoas»; ainda noutros cartazes lemos «Fazer por todos nós».

É curioso este súbito interesse e esta convergência espontânea pelas PESSOAS. Mas temos de ir mais longe: as PESSOAS não podem ser só uma boa ideia para uma campanha; não… mais do que isso: a ideia de uma campanha tem de ser as PESSOAS.

Os políticos só existem por causa das pessoas e as políticas só fazem sentido se forem dirigidas para as pessoas.

E espera-se que esta súbita paixão pelas PESSOAS não morra no dia 12 de Outubro!!! A campanha acaba, os lugares políticos esgotam-se, mas as PESSOAS…as pessoas a quem tantas coisas são devidas porque lhes foram prometidas, essas ficam por aí.

E ficam à espera que os Partidos políticos e os seus candidatos e líderes sejam coerentes: quer ganhem quer percam, que continuem, no terreno, depois das eleições, o meritório trabalho de fazer das PESSOAS a ideia da sua acção e o centro da sua preocupação.

Se a preocupação que estes candidatos mostram pelas PESSOAS for mais do que propaganda política, se a preocupação destes candidatos pelas PESSOAS for genuína, verdadeira, sentida, então Salvaterra de Magos estará às portas da maior revolução social da sua História: nos próximos quatro anos far-se-á mais pela erradicação da pobreza, do desemprego, do analfabetismo, da exclusão social, do que em todos os 170 anos da História deste concelho. Se as PESSOAS continuarem a ser o centro da atenção dos partidos e dos políticos mesmo depois das eleições…Salvaterra vai ficar irreconhecível!!!

O problema é que a política sofre de um mal terrível: a política tende a ver um eleitor em cada pessoa em vez de ver uma pessoa em cada eleitor.

Mas vamos insistir, não vamos desistir: dia 11 de Outubro vamos todos votar, de novo, num exercício de cidadania e de responsabilização política, naquela pessoa que nos der mais garantias de ter sido e de continuar a ser uma pessoa de pessoas!

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