terça-feira, 15 de julho de 2008

Diplomacia por telegrama...ao estilo vaticano


O que é que Albânia, Grécia, Turquia, Arménia, Azerbeijão, Turquemenistão, Afeganistão, Paquistão, Índia, Bangladesh, Myanmar, Tailândia, Cambodja, Vietname, Malásia e Indonésia têm em comum?

É que os chefes de Estado destes países receberam um telegrama do Papa Bento XVI, à medida que o seu avião sobrevoava cada um destes países no percurso que fez de Roma para a Austrália onde vai presidir ao Dia Mundial da Juventude da Igreja Católica Romana.

O telegrama diz: «Voando sobre (nome do país) em viagem para a Austrália, para estar na Celebração do Dia Mundial da Juventude, envio cordiais saudações a si e a todos os seus concidadãos, com a certeza das minhas orações para que o Deus Todo-Poderoso abençoe a nação com paz e prosperidade». Benedictus PP. XVI

Esta foi a versão recebida pelos chefes de Estado dos países cuja maioria dos cidadãos pratique uma das três religiões monoteístas. Os outros, onde a religião maioritariamente praticada é o hinduísmo ou budismo, receberam uma versão ligeiramente diferente: em vez da frase «para que o Deus Todo-Poderoso abençoe a nação», usou-se a expressão «invoco as bênçãos divinas».

O que parece estar a destoar é o facto de este telegrama ter sido tão impessoal, comparado com os telegramas que João Paulo II (JP II) enviava: esses eram mais pessoais e, no texto da mensagem, JP II sempre fazia alguma referência à realidade social ou política do país ao qual o telegrama era dirigido.

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